Poemas : 

o que vejo e sinto

 
a trela é lassa
o ançaime é fraco
o vigor é permissivo
mas responde com a mordaça
que traz num saco
de tom vivo

doi o respeito chulo
entre surdos conviventes
num pateo de brincadeira
de governo nulo
e delegados coniventes
espraiados em rara esteira

colhem-se martírios forçados
de dedos ralhados
de dedos metralhados
e no fim não há fim
só começos assim
e resignações de enfim

a força não é forte
reza com incoerência
sem matriz
e acaba por sofrer de morte
que falha na decência
que se apregoa e não diz.

apetece o adeus
apetece mais que a prece
que tentaa ser razoável
apetece estripar
(não se diz mas diz-se)
a besta que já nem é novel

Valdevinoxis


A boa convivência não é uma questão de tolerância.


 
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Valdevinoxis
 
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Enviado por Tópico
Nadir.Caetano
Publicado: 06/12/2011 22:19  Atualizado: 06/12/2011 22:19
Super Participativo
Usuário desde: 14/10/2011
Localidade:
Mensagens: 129
 Re: o que vejo e sinto
poema que ganha força com a sua leitura e cria, naturalmente, um ritmo intenso. fico com a sensação que esse ritmo também levou o autor a uma expressão quase suada. na útima parte há um a a mais... que confirma, ou talvez não, o que digo.

depois temos a velha máxima usada na literatura e a outra voz da poesia, ambas de braço dado: ironia e o grito

reconhecido
nac

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 06/12/2011 22:43  Atualizado: 06/12/2011 22:43
 Re: o que vejo e sinto
POEMA QUE ESTA UMA MARAVILHA

MARTISNS