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Antónia Ruivo | Publicado: 05/12/2011 04:40 Atualizado: 05/12/2011 04:40 |
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Re: «« Tramóia no fuso da badalaçºao ««
Será que assim está dentro dos conformes
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Xavier_Zarco | Publicado: 05/12/2011 09:18 Atualizado: 05/12/2011 09:18 |
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Re: «« Tramóia no fuso da badalaçºao ««
Cara Alentejana,
Acho que tenho por aqui esse poema que faz parte da minhas memórias internéticas. Até já, que vou procurá-lo. Um beijo Xavier Zarco |
Enviado por | Tópico |
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Xavier_Zarco | Publicado: 05/12/2011 09:41 Atualizado: 05/12/2011 09:41 |
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Re: «« Tramóia no fuso da badalaçºao ««
Na vertente do olhar, Helen de Rose
Não cabe a escuta, o eco da tua voz A messalina que tem essa pose Descreve os lábios um desejo atroz. Os olhos são assim a dupla dose Que no sentido lúbrico são a foz De Eros submetido à Hipnose Transformando-a, a deusa, em seu algoz. Que te sossegue o rosto, o teu cabelo E as faces sejam lume nos meus lábios Se houver a mais pequena transparência. Porém, se não for atendido o apelo Eu fico no devaneio dos sábios A perscrutar a voz da minha urgência. José Félix in "A Teia da Aranha" (http://www.ateiadaaranha.blogspot.com; último acesso a 05.12.2011) Eis um excelente soneto da autoria do José Félix, um dos melhores poetas portugueses da actualidade (na minha opinião, claro). Este exercício ecfrástico é notável, não só pela hábil gestão do som, e da ausência deste, mas também pela capacidade de construção, através da imaginação, de um retrato-outro, diverso do observado. A ler e reler. Já que, leia-se pf, o seguinte: "EKPHASIS - Termo grego que significa "descrição" (no plural, ekphraseis), aparecendo em primeiro lugar na retórica de Diónisos de Halicarnasso (Retórica, 10.17). Tornou depois um exercício escolar para aprender a fazer descrições de pessoas ou lugares. O locus classicus na literatura épica é a descrição do escudo de Aquiles feita por Homero (Ilíada, 18, 483-608). Virgílio seguiu o mesmo modelo para a descrição do escudo de Eneias na Eneida (8, 626-731). Um outro tipo de ekphrasis concentra-se em descrições epigramáticas de pinturas e estátuas, como La galeria de Marino e muita poesia emblemática. O termo alemão Bildgedicht corresponde praticamente ao conceito de ekphrasis, neste sentido de descrição de uma obra de arte (pintura ou escultura). Os poetas românticos recorreram amiúde a este artíficio, tendo ficado célebre, por exemplo, a "Ode on a Grecian Urn", de Keats. Naturalmente, o recurso às descrições particulares está presente em muita poesia contemporânea, sobretudo a partir do momento em que a poesia se tornou cada vez mais próxima da prosa narrativa. Na literatura portuguesa, o livro Metamorfoses (1963), de Jorge de Sena introduz um tipo de poesia descritiva que tem como objecto de contemplação toda a obra de arte visual. Este tipo de descrição plástica, não limita o conceito de ekphrasis a uma simples e passiva exposição dos dados observados, mas conduz-nos a um exercício reconstrutivo do que foi examinado, querendo interferir subjectivamente nas qualidades do objecto. O poeta ecfrástico raramente se contenta com uma descrição objectiva do que observa, quando tem a possibilidade de comunicar livremente o seu próprio gosto. A Secreta Vida das Imagens (1991), de Al Berto, ou Depois de Ver (1995), de Pedro Tamen, podem ilustrar o lado dinâmico da ekphrasis." In "E-Dicionário de Termos Literários de Carlos Ceia" (http://www.edtl.com.pt/index.php?opti ... ink&link_id=961&Itemid=2; último acesso a 05.12.2011) |
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