Vejo-te, olhos gigantes, universais,
Cabelos em desordem e tão bonitos
Que os olhos meus, escuros infinitos,
Jamais nessa vida viram assim iguais.
Ombros largos, seios suaves e níveos,
Dedos longos em mãos mágicas e tais
Que mais me parecem mais de mil rios
De fluidos dissolvidos entre os matagais.
Coxas poderosas com traços definidos,
Lábios entreabertos em batom florais,
Diamantes e aljôfar em suaves sorrisos,
Vales entre ventres dos desejos animais!
Olhos de âmbar perolados pelos vidros,
Pés pequenos semelhantes aos cristais
Aéreos, airosos, amados... Resumindo:
Espetáculo da natureza para meus olhos
Mortais!
Gyl Ferrys