Em tecidos leves e esvoaçantes,
Pintados com as mãos do destino,
Que sutilmente desenha sonhos...
(Fui alinhavando esperanças...)
Às vezes rústico como um camponês,
Com a simplicidade de um menino,
O grande artesão entremostra rascunhos...
(Fui lapidando pedras...)
Presa ao imenso tear... Numa brincadeira de cores,
Delicadamente enredado...
Com fios dourados.
(Fui alimentando fantasias...)
Numa enorme tela... Com desejo de sermos autores,
Acabamos um simples adorno,
Enriquecendo quadros tristonhos...
(Fui guardando angustias...)
Muitas vezes miragens distantes,
Pintadas a dedo,
Ilusões... desassossegos...
"Quando estou muito quieta por fora,
é por que dentro de mim alguma coisa grita
e eu preciso me ouvir."