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Marioneta Partida!

 
Nasci e acreditei em ti… tu, minha criadora madrasta que me pariste por gozo e me iludis-te de sentimentos calorosos o coração… cansada afastaste-te sem nunca me libertares, mandado sinais de saudade quando te lembravas… acreditando ser real, lutei, implorei, rastejei, chorei, sofri e voltei a sofrer até que morri queimada no silêncio do desprezo e assim como uma alma penada suplicando pelo teu calor me tornei numa massa de ar, vinda do árctico, gelada e insensível… eras tu que me controlavas e comandavas, brincavas comigo como se fosse uma marioneta… bastava ver-te que me sentia viva, só tu me fazias sentir de carne e osso quando me tocavas… sentia que era alguém a teu lado, porém acabavas sempre por ir… e mais uma vez, entre tantas outras, morria… tanto morri e voltei que me destrui, e toda a esperança que tinha desapareceu… vagueei por aí à procura de mim, à procura de algo que me fizesse seguir em frente… encontrei! Incrível, era o único ser que me fazia esquecer a minha prisão, que parecia ser perpétua… era tão quente que comecei a sentir e quis mais e mais até que deixei de me sentir pressa… ainda assim não me afastei daquele calor, já não conseguia… sentia uma ligação demasiado forte, mas não conseguia perceber como…era paixão! Renasci quando menos esperava, estava ali á minha frente com toda a perfeição que o formava… Foi quando se deu o golpe final…lá estavas tu de braços abertos, com ar de arrependimento e com todo o amor que me deverias ter dado. Ali! Á minha espera como se de uma oportunidade imperdível se tratasse… e lá fui eu, com falsa esperança, dar a oportunidade que de ti nunca tive… atirando areia para os meus próprios olhos fui em direcção à falésia, deixado para trás a minha real oportunidade de ser feliz… andei, andei até o chão acabar e finalmente chegar, o dia da minha libertação! Tinha acabado, não iria voltar a morrer, e teria-te a ti, minha criadora, lá para seres a minha cúmplice para a vida… era bom, mas a vida nunca se torna assim tão simples de um momento para o outro… Ódio! Desilusão! Fúria! Dor! Tristeza! Choque! Nada! Sentesse tudo isto e ainda mais quando se fica a saber que não passamos de nada para a pessoa que nos foi tudo… é como se nos injectassem veneno e sentíssemos todo o nosso corpo ter uma convulsão interna e de seguida um vazio infinito… naquele momento tu morres-te e contigo levas-te tudo o que me fizes-te sentir, tudo o que me fizes-te crer, tudo o que me fizes-te sofrer… Porque simplesmente tudo isto não passou de uma mentira…


Não guardo palavras. USU-AS!

 
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Leãozinho
 
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Enviado por Tópico
EuniceContente
Publicado: 05/12/2011 19:06  Atualizado: 18/12/2011 15:33
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 Re: Marioneta Partida!
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