Nunca te suspirei.
Queria-o num pretérito perfeito. O meu sonho morreu.
O teu corpo ficou esquecido. O sol apagou.
Não tenho, por não querer ter.
Fui. E já nem sinto o sabor
A amor, nem o teu colo, nem o teu sangue.
Não me deixes no frio triste da penumbra.
Mas deixa-me só, a suspirar.
Não te confio.
Nada tenho a te confiar. Já foi levado.
Ainda bate, bem sei, mas não o sinto.
Um dia ao encontrá-lo, encontro-te. E serás minha,
Suspirar-te-ei.