Meu coração, como a guitarra
Também chora a nostalgia
Tem o dom de uma cigarra
Não gosta da invernia.
As férias no mês de Agosto
E à minha terra voltar.
O sorriso volta ao meu rosto
Ao sentir o cheiro a mar.
Por isso, trinai guitarras
Eu volto a minha raiz.
Quero ouvir cantar o fado
De Portugal, meu País.
Vou cantar quadras soltas
E desgarradas ao Luar.
Todas de amor envoltas
Até a aurora acordar.
Vim para matar saudades
Da família e dos amigos.
E abraçar com amizade
Mesmo os meus inimigos.
Hoje, chorai, guitarras, chorai,
Está na hora da abalada.
Sou um emigrante que vai
Continuar sua cruzada.
A. da fonseca