Vulnerável, me sinto a revelia,
Mesmo que, sem um motivo aparente,
Dispersam-me as possíveis alegrias,
A torpeza se apossou da minha mente,
Ansiavas o teu corpo junto ao meu,
Imaginando um abrigo espontâneo,
Mas a vida não consolida nossos sonhos,
E agora veja que me fiz ludibriada,
Pois ainda não estava preparada,
Para tornar-me receptáculo do teu ser,
Sendo assim nem arrisco mais prever,
Quando alguém há de sanar minhas carências,
Aprimoro-me nas benditas sapiências,
Que afloram pelos atos praticados,
A cada dia me faço mais elevada,
Nas condutas desdobradas pelo amor,
Desfaço-me das contendas e das dores,
E revisto o meu viver com alegrias,
Ainda assim as minhas noites são vazias,
Logo em breve será um tempo que passou,
Tudo é possível pelas forças do amor.
Miguel Jacó