Estrego o olhar ao infinito
do lado esquerdo
de um chá a fumegar
vagueiem em mim memórias
a luz que me retém o olhar…
Distante é o ontem
do amanhã tão incerto
como os passos que neste instante
se esfumam
no aroma de hortelã e canela…
Escorrem na transparência
gotas finas
num vidro que separa
as fronteiras
onde a realidade se acorda
nos sonhos que nunca anoitecem…
Um trago agridoce
sem açúcar
nas veias em ebulição
para dissipar as névoas
e retomar o lado direito
sem abismos ou sons sem cor…..
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...