Há um sentido comum
Na espera e no alcance
Talvez o espaço entre a vida e a morte
Há uma porta aberta
Em ambos os sentidos
Talvez o sorriso da chegada e a lágrima da despedida
Há um nó bem apertado
Na união à própria vida
Em todos os caminhos por ela percorridos
Há outro desmantelado
Por quem chega à partida
No final de um destino de traços tão comuns
Há uma luz que se acende
Onde a vida se regista
Com o fulgor de toda a sua existência
Se essa luz se apaga
Se ultima mais um desígnio
Onde a morte quase tudo decide
Há uma imagem ao rubro
No horizonte da vida
Pelo sol que irradia o desencadear da luz
E há a sentença da morte
Como epílogo da linha vida
Onde seus extremos quase se tocam
António MR Martins
António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...