Texto escrito por ocasião da sentença proferida contra o Casal Hernandez, líderes da Igreja Renascer em Cristo:
"Finalmente saiu a sentença: culpados.
Não posso expressar alegria. Realmente, não.
Não me alegro, não folgo com isso.
Participei do Ministério Renascer por quase 5 anos.
Exerci a função pastoral por um tempo.
Nesse tempo, vi coisas que não concordava, com as quais não concordo até hoje, razão esta que me impede de retornar.
É lastimável tudo isso acontecer...
É deplorável...
É vergonhoso...
O juiz disse que o casal é extremamente rico e que não havia necessidade de entrar nos EUA com dinheiro escondido.
Meu Deus!
Por que entraram com o dinheiro escondido?
Já não tinham a mansão em Boca Raton?
Os carros?
Os relógios?
As roupas caras e as jóias?
O haras?
O aparato e a “apostolatria” dos membros da igreja que usariam, sem pestanejar, uma espada de verdade (não duvidem!) para defender o casal...??
Como ficam os membros da igreja...?
O povo que oferta..que oferta com fé e em nome da fé,
do pouco que têm, para que o milagre tome forma,
para que o milagre se concretize?
Quem vai pagar suas contas de luz?
Quem vai arcar com as suas despesas?
Tenho certeza, que deles, Deus vai cuidar.
De Deus não se zomba.
O nome "bispo" ou "apóstolo" não ganha pontos no céu.
A Palavra de Deus nos mostra, claramente, que mesmo havendo dons espirituais,
estes cessarão e o que prevalecerá é tão somente o AMOR.
Não é o amor ao dinheiro.
Não é o amor às roupas de griffe.
Não é o amor ao que o sucesso faz com um nome.
É o amor a Deus, acima de todas as coisas, e o amor ao próximo.
Quanto custa o amor?
Custa amar?
Custa olhar com misericórdia, com compaixão?
Custa compartilhar, dividir?
Aí eu fico pensando...aonde nos leva a religiosidade?
Pior! Aonde nos leva a liberdade?
Ser Renascer...ser livre para dançar nos bailes charmes da vida,
usar brinco, tatuagem... ser “fashion”...
Talvez fosse melhor renascer interiormente, de verdade,
na essência, transformando o cerne do ser,
do que carregar um rótulo enganoso.
O conteúdo não corresponde à embalagem."
Cláudia Banegas
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