Murchas as flores deitadas em meu jardim destruído.
Seca a folhas caídas que o tempo varreu e o vento levou.
Meu amor, como uma flor sem carinho,
se desprendeu em pétalas e morreu devagar, deixando
sementes caídas que o solo guardou
para brotar e florir para um novo jardineiro.
Dizem que o amor pode ser uma fome, uma sede
amarga que nunca se sacia e nunca se acaba.
Pode ser também uma navalha em lâmina de aço afiado
que corta a alma, sangra o peito, afoga o coração.
Pode ser uma lagrima seca de saudade deixada
nos olhos fechados de quem sonha acordado.
Prefiro pensar que o amor seja como um rio que corre para
o mar, buscando a liberdade para se expressar.
Sendo fiel aos meus desejos, caminho solitário
procurando uma outra semente que descansa escondida
em algum lugar, seja no inverno, debaixo de uma neve amarga ou
em uma fria e escura gruta sem fim.
Não tenho medo dos meus pensamentos suicidas,
que parecem me mostrar apenas os possíveis espinhos
que vou encontrar.
Com o sol de primavera essa semente será plantada
com carinho brotando assim uma linda flor.
E se espinho tiver, deles também vou cuidar.
Uma flor, um novo jardim, um novo amor.
Semente do amor
By lcdasilva
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