Muito, muito,
muito medo!!
É um medo,
devo confessar,
que não sentia há tempos!
Ele é antigo e novo!
Traz um nó denso,
grosso, enorme,
intragável na garganta!
Mas nasce de um sorriso!
É um medo covarde,
não me enfrenta...
Não enfrenta a beleza,
que dos seus olhos,
saltou,
e agora brilha nos meus!
Ele é um idiota...
Um tonto, um sem-vergonha!
Meu Deus,
cadê o adjetivo perfeito?
Ele é um,
um,
um,
um...
Cadê, Meu Deus?
Já sei...
É um facínora!
Me segura, me prende,
bate em mim, sabe?
Traz-me o passado,
(sempre o triste),
como quem mostra,
sem descanso,
crimes e mais crimes!
Eu tô com medo...
Sei que a beleza vence,
sempre, sempre e sempre!
Mas é que,
sabe o que é?,
a beleza não está em mim!!!
Olha,
venho sido riscado, sabe?
Dia após dia,
por um sangue transparente,
que,
por alguma razão,
insiste em me marcar o rosto!
Vem cá,
senta aqui, senta!
Me seque essa lágrima...
Já não a aguento mais!!!
Pega na minha mão, pega!
Me faz um carinho...
Olha nos meus olhos,
fecha-os...
Me beija,
me morde,
me tente,
me aceite...
Cuida de mim!
Me conta uma história?
Indaiatuba, 29 de Novembro de 2.011