Lindos bordados, engalanam janelas…
doura o sol, nas vidraças;
e vasos de flores (quais as mais belas!),
assemelham-se a belas taças.
Nos varais de cordas, roupas estendidas,
corando à luz, do astro-rei;
e nas janelas, eis, conversam entretidas,
vizinhas, coisas que não sei.
Nos parapeitos, deitam-se as lindas mantas,
colorindo as casas, a preceito;
orgulho de quem as expõe: tantas mas tantas,
que nos bairros, levam jeito.
Nas ruas empedradas, belos os desenhos,
que os artífices, lá deixaram…
em tons negros, são de todos os tamanhos,
que nos passeios, se elevaram.
Velhos espreitam a paisagem, em bancos
feitos, de tosca madeira,
escutando, ao longe, das crianças, os prantos,
numa tremenda zoeira.
E assim passam os dias, sonhando com o passado,
e com a juventude, amiúde;
e neles revemos, o que nos deixaram como legado,
mostrando ainda imensa saúde.
Jorge Humberto
28/11/11