SOM FREMENTE
(Jairo Nunes Bezerra)
Ouço o assoviar do vento,
Que vindo do mar penetra pela minha janela...
É crescente, quase não aguento,
Pior do que a despedida dela!
O mesmo ruído ouvi do avião que a levou,
E que logo desaparecera no horizonte...
Nunca mais regressou,
E pensativo, agora, pressiono a fonte!
Ventos que recordas afagos,
Deixas-me na boca um gosto amargo,
De beijos recolhidos!
E o mar mais azulado, que a tudo observa,
Com suas fortes ondas mais me enerva,
Deixando-me tristonho e encolhido!