Somos todos iguais de braços dados
Como naquela manhã de Abril novo…
À janela dispostos cravos encarnados
Despoletaram a alegria de todo um povo
Farto de um déspota, corvo inquisidor
Que atrasou todo um país amanhecido
Ao som da rádio e um distinto trovador
A chave de um Portugal adormecido
Nos deixou, para alegria de todos nós
E nesse dia não caminhamos mais sós
Com a força das armas como um pendão
Erigido qual bandeira erguida no varal
De todas as casas onde um gentio casal
Deu largas ao som impune de seu coração.
Jorge Humberto
21/10/07