Peguei minha vida e te dei
Sem ressalvas de mim mesmo,
Sem senões e porquês,
Sem pensar no pior,
Sem pessimismo realista,
Sem acreditar em óbices,
Sem pensar em nada:
Só em nós...
Peguei minha vida e te dei,
Ficando ao largo dos avisos,
Ficando à míngua da sensatez,
Ficando cego aos apelos,
Ficando surdo à cautela,
Ficando indiferente ao bom senso...
E agora que o tempo passou;
E agora que passamos por tudo;
E agora que os avisos eram solertes;
E agora que o bom senso era ridículo;
E agora que os sensatos restaram insanos;
E agora que sou um louco redimido;
Quem irá duvidar do que o amor é capaz?
(Danclads Lins de Andrade).