Tempos são, como palavras
Perdidas no Universo
Viagens, vozes caladas
Ventos vorazes no deserto
Tempos que fossem o meio
Louvados pela saudade
Que em seus entes, peitos anseio
Desejos de mocidade
Fossem vozes, macabras, esquecidas
Primórdios de civilizações;
Viagens que em tempos sumidas
Marcassem novas gerações
Tempos foram e não voltaram
Nos tempos, povos cantarão
Que de viagens, muitas choraram
As marcas seguras no coração
Acho que encontrei a cicatriz rasgada
Por um pedaço de voz erguida
Que no tempo fez a palavra mais contada
Em mim, num adeus, cintilo de luz e vida.
***
Sou louco mas, não sou pouco...