Pela orla do rio passeio meus olhos,
que se enchem dum terno azul
e de uma verdejante paisagem, que
o delimita, num fulgor intenso.
Raso meus olhos na água celeste,
e recebo de encontro ao peito,
o frescor das ondas cavalo, salpicando
meu ser, de pura essência.
Pássaros, voando, daqui para ali,
fazem estranhos bailados,
por sobre a transparente superfície,
que vai para além da vista… a nós.
Na orla do rio, o cheiro à ditosa terra,
inebria os meus sentidos,
e eu julgo ver, dado ao horizonte,
barcos a se esmaecerem,
para lá do circulo, onde nascem
os arco-íris e vivem as
pessoas, que ainda não conheço,
e que canto em meus versos.
Bem-dito, meu querido rio Tejo,
que me fazes ser toda a
gente e todo o mundo, e tens
janelas abertas, além do infinito.
Jorge Humberto
20/11/11