sim, tu que me lês alma confusa
mente adiposa e mão senil
segue no poema a língua obtusa
que arde inteira a corda no canil.
uma prosa aqui e paga a conta
na corda nova, só cães molhados
coçam vaidades, hora de ponta
nos trinta e três versos aguados
a casa das putas já está vazia
mas fuga é mito, e o orgasmo sai
por trás da folha alva. ó bizarria
que chupa a prosa que lá cai.
masturbem-se pois, nesta hora
que plágio é tê-lo, mais metê-lo
é Deus que manda e nem cora
quando abre a boca e sai cabelo.