Matemática
Eu já te perguntei milhões de vezes: “Não vês
Isso que me vai nos olhos? Todo esse desvelo
De não ser contigo um par, resulta no pesadelo
De não entender o binômio eu dois, você três.”
E como não percebes, deixas a soma pra depois
E eu vou multiplicando n’alma o total do desejo
De diminuir minhas vontades num natural beijo
E de extrair a diferença de mim três e você dois.
Ah, se eu pudesse apenas adicionar um a mim,
Ou lhe subtraindo um, nos tornar iguais, enfim
Resto igual a zero – nada a menos, nada a mais;
Mas insistes em ser par...e eu impar...separados,
Tu segues sendo dois e eu três... nunca somados,
Ambos vivendo da falta que um simples um faz!