[b]Amantes...
Ainda se podiam ouvir no ar as músicas natalinas. Lembro
Do vermelho vivo, botas e pom-pons dos bons papais-nóeis
E dos lindos presentes que te dei e recebi, coloridos papéis
Nosso Natal. Lembro muito bem – vinte e sete de dezembro.
Outra data linda – foi da obra prima da paixão um rascunho
Imortalizado na rosa, no beijo, no abraço, no fogo da cama
Nossa pele, nosso hálito, nosso prazer, nossa infinda chama
No nosso Dia dos Namorados – apenas só nosso 15 de junho.
E tem sido assim: nosso Ano Novo comemorado no dia dois
Todos os meus aniversários, lembras? Sempre antes ou depois
Todos os teus aniversários, lembras? Sempre depois ou antes;
Ah, paixão, há quanto tempo nós vivemos hoje o dia de ontem?
E quanto tempo mais vamos esperar que nossas almas contem
Nossa vida em semanas, meses e anos trocados dos amantes?!
Ademir de Leão