Prosas Poéticas : 

Desconstruindo Augusto

 
"O expediente já acabou faz algum tempo no escritório de meu pai. Aquele café amargo que tanto gosto à meia luz de minha sala Jokerman nos últimos versos saindo do Ipod eu Augusto aqui jogando essas palavras falsa sensação de tudo em seu lugar contrastando com a mente inquieta coração afobado-cansado-mutilado lágrimas brotando. O Direito, a Advocacia não me satisfazem, essa é uma das minhas escolhas (?) erradas. Ainda considero o escritório um tipo de lar, admitindo muito à contragosto que isso se deve pricipalmente à ela. Ela... Quinto semestre no curso tradicional na família, 'tu não deve fazer outra coisa, garoto, teu futuro tá garantido', e eu querendo cursar Letras, especializar-me em Literatura. Talvez se eu não estivesse aqui, não a teria conhecido. Talvez fosse um alívio não conhecê-la. Não entrarei nos pormenores daquilo tudo & lindo que tivemos, o que sei é que agora a amizade dela me dói e que ainda a amo. E já tentei fazer isso parar, o amor, e faz tempo e não sai. Eles e eles, qual escolher? Pensamentos muito opostos. Preciso deles todos. Isso me enlouquece. Meu rendimento no estágio e faculdade estão mais baixos que minha moral com alguns d'eles. Estou inconstante demais, além dos limites da 'inconstância natural de Augusto'. Quero e tenho medo de algumas libertações. Não há quase nada e não sei como proceder no agora, que dirá daqui pra frente. Não abandonar as raízes, continuarei sofrendo? Ou perder, mas talvez renovar-se, à la sair meio sem rumo, irá aliviar-me e terei aquela felicidade constante novamente? Minh'alma geme, soluça, clama. Pelo menos exorcisei-me, a um grosso, porém real modo, nessas palavras. Basta. (Por enquanto)."

 
Autor
ClarissaDias
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/11/2011 21:31  Atualizado: 19/11/2011 21:31
 Re: Desconstruindo Augusto
Muito bom! Gostei imenso de tua prosa! Parabéns.

Niki