Suave é o olhar humano
Que ultrapassa as fronteiras da realidade
E nos proporciona a sensação
De sentirmo-nos íntimos
Na busca da reciprocidade.
Suave é o tato que apura
A sensação de jura
Entre a relação cortês
De dois amores na embriagues.
Nas horas próprias e impróprias
É o contato que comanda,
O poder da manda.
Suave é o destoar dons sons
Que adentram nossos ouvidos
E nos fazem íntimos do ritmo
revelando o infinito
De um mundo tão distinto.
Suave é olfato
que nos julga capaz
de atribuir ao cheiro
a sensação de prazer rotineiro
que perpetua o perfume na alma
e que retoma-o com toda a calma.
Suave é o paladar
Que nos faz apurar
O deleite de degustar,
Onde se faz morar
Sensações distintas
Entre o amar e o não apreciar.
Pianíssimo, suave, leve, é a vida dos sentidos
Que nos fazem perceptíveis ao mundo que nos entorna
Gerando o prazer mutuo, concretizando relações do conjunto.
APScheffer.