Como um disco arranhado giro sempre parado
questionando sempre minha sanidade.
Não entendo o real, e tudo parece ser mentira. Confronto meu coração, confundindo os meus pensamentos.
Me afundo em uma escuridão sólida e solitária e me sento na calcada de vidro estilhaçados admirando vultos e sombras que já não assustam.
O que vejo parece o portão de um inferno que pensava ter superado.
O que sinto copia sensações
feitas por espinhos de uma flor seca ja sem vida. Perdido sem minha razão eu não sei o que fazer. Sufoco um presente diferente revivendo meu passado.
Relembro memorias que machucam,
misturando lembranças e sentimentos.
Meus olhos sangram as tristes lagrimas negras
de um tempo perdido, um amor esquecido. Tento reinventar minha felicidade buscando um novo amor,
imaginando que tudo pode ser diferente.
Sufoco minha sentença de morte
buscando dar mais tempo de vida ao meu coração.
Vejo reflexos nas fachadas dos meus desejos
que infernizam meus olhos,
me interrogando sobre o que realmente busco.
Ódio e amor, um confronto de passado e presente. Parte de mim chora atordoado,
outra metade estimula uma alegria. Confuso me entrego ao tempo e fico esperando
a melodia colorida da vida
e o grito de um novo coração livre para ser amado.
Perdido no tempo
By lcdasilva