Poemas : 

como esquecer o abstrato tangível que está sempre presente e bate no peito incessantemente?

 


caiem pingos de chuva… por trás da vidraça
meus olhos se distanciam na água
a deslizar pelo asfalto, a concentrar-se
num espelho líquido, gota a gota…
se fossem beijos teus a cair nos meus lábios sedentos
bebia toda a chuva da tua boca
explorando a essência da tua fonte
em desatino
com carícias de tule e afagos em brasa
num fulgor incessante e cristalino!

ouço a tua voz no cinzento opaco do firmamento
a tua voz chama-me, entra pelo meu ouvido, sussurra-me um auge de arrepio
fragilizada vou, a chuva bate-me no rosto
procuro o mar para desaguar meu rio!

Nov-2011

 
Autor
MarisaSoveral
 
Texto
Data
Leituras
926
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
10 pontos
2
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 17/11/2011 00:26  Atualizado: 17/11/2011 00:26
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: como esquecer o abstrato tangível que está sempre pre...
Boa noite Marisa, sua personagem embrenha-se em meio a chuva, para amenizar um pouco a aflição que sente com o afastamento do seu amado, da sua cena cotidiana, meus parabens pelo seu instigante poema, MJ.

Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 17/11/2011 01:02  Atualizado: 17/11/2011 01:02
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18598
 Re: como esquecer o abstrato tangível que está sempre pre...
Menina, deixas minha alma plena e sedenta... sempre tenho sede e quero morrer assim. beijo querida