Luso-Poemas
 
Poemas : 

Ergo a moldura ao céu

 
Emoldurei o sol
para na noite
o rever no espelho da alma
com o quadro nas mãos
viro as costas ao passado
canto o cântico
da lua vestida de sol…

Os meus olhos cor de mel
balançam sem memória
um quadro desenhado
no meu nobre imaginário
que se queda
na viragem da montanha…

O espírito canta
no silêncio do vento
com o coro sonoro e mudo
do céu na penumbra do crepúsculo
onde a minha inspiração
fica estagnada
na morada da liberdade…

Ergo a moldura ao céu
não a quero pendurada
na parede fria
onde as sombras
se alimentam de escuro.

Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...

 
Autor
AnaCoelho
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Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Avozita
Publicado: 18/11/2011 16:44  Atualizado: 18/11/2011 16:44
Colaborador
Usuário desde: 08/07/2009
Localidade: Casal de Cambra - Lisboa
Mensagens: 4549
 Re: Ergo a moldura ao céu
Ergueste a moldura
e a inspiração também
trazendo este belo poema.

Beijo e bom fim de semana
Antonieta

Enviado por Tópico
jessicaseventeen
Publicado: 18/11/2011 21:56  Atualizado: 18/11/2011 21:56
Colaborador
Usuário desde: 04/09/2011
Localidade: Coimbra, Portugal
Mensagens: 920
 Re: Ergo a moldura ao céu
Querida Ana Coelho,

É um prazer admirar a sua escrita através dos seus bonitos poemas.

Beijinhos *

Jessica Neves

Enviado por Tópico
Carlos_Val
Publicado: 18/11/2011 22:23  Atualizado: 18/11/2011 22:23
Da casa!
Usuário desde: 11/03/2011
Localidade: Braga a residir em Gaia
Mensagens: 421
 Re: Ergo a moldura ao céu
gostei de a ler Ana

abraço poético

Val

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/11/2011 01:04  Atualizado: 19/11/2011 01:04
 Re: Ergo a moldura ao céu - p/ Ana Coelho
"Ergo a moldura ao céu
não a quero pendurada
na parede fria
onde as sombras
se alimentam de escuro."


salientei o final face a introspectividade do mesmo. ao mesmo tempo fui levado pelas figuras
até chegar ao ponto em que a sombridade, a dúvida
do que se vê e não se toca, simplesmente
criarem em ti uma certeza única: o quadro que vês
e que preencheu o meu imaginário.

gostei do poema, ana.
até mais.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/11/2011 01:46  Atualizado: 19/11/2011 01:46
 Re: Ergo a moldura ao céu
Inspiração nada estagnada... antes elevada a fina arte de ser essência de obra-prima.

Beijinho, Ana.

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