É com a chuva que resvale que destino-me a expressar
Como a vida é frágil
Sem tempo de errar
E ao observar os pingos
Que ferozmente se partem no chão
Recordo da maldade humana
Que tudo quer na mão.
É com a gota da chuva que reflito a amargura,
De quão somos infiéis ao amor e a ternura
E nisto o mundo deságua
Em atitudes de mesquinhez vagas.
É olhando a chuva que destoa o ruído da sociedade
que se finda a assimetria
desta tal de humanidade.
Pura e insípida
desce purificando o malfeito dos homens
E rejuvenesce a terra
Do ser que não a prestigia
Por estar em guerra.