Cochabamba, terra galante
Longe me tens da minha amada
Só a ti tenho como amante
Nesta dura caminhada
Das minhas lágrimas e a necessidade
Dou-te o mar que a ti tiraram
Dos meus rebentos a saudade
E dos meus que por lá ficaram
No saber, ao me deleitar
Lembro a terra que me viu nascer
Vejo o desaire ao imaginar
Os prazeres que hei de perder
Mais um forasteiro devo ser
Quando a batalha teminar?
Lembro os frutos a colher
E o fulgor a recobrar
Cochabamba terra mirrada
Escrevo este poema louco
Para os olhos da minha amada
Cochabamba, terra vibrante
Tens-me por pouco
E com pouco seguirei adiante