Dialogamos naturalme difícil – Lizaldo vieira
Será por pura arrogancia
Soberba
Vaidade
Superiorida estremada
Sentir-se um Franccisco
ver o outro ser em pé de igualdade
Um irmão do mesmo ventre de gaia
Olhar
Sorrir
Cantar
Assoviar
Absorver
Comer
Degustar
Gostar
Beber
Ouvir
Sentir
O que vem de dentro
Da terra
Não parece ser tão misterioso
Viver o que a voz silenciosa do universo
Quer nos falar
Razões
Dores
Clamor
Pavor
Sentimentos
Enfim
A natureza
Se refazendo
A cada instante
Reproduzir
Nos beneficiar
Depois não diga que sou louco
Quando estou sentado
À beira do caminho
Bisbilhotando formigas trabalhando
Mostrando que a vida
Se refaz em seus limites
Porque só louco
Não vê
O que tem a dizer
O vento em redemoinho
Sentarei sempre na margem
Para ouvir os reclamos
Do rio
Que corre pro nada
Angustiado
Morrendo lentamente
Calado
Ou ao menos sentir o lamento do mico de pernas quebradas
O pássaro depenado
O riacho entregue ao vinhoto e esgoto
A floresta ardendo em chamas
Pois o rio tem o falar
O colibri deseja falar
O guigó tem algo pra denunciar
O preá do brejo também anunciar os males que andam fazendo com ele
A água quer chorar cada gota desperdiçada
Diluída em nada
Isso tudo reclama
Dos meus e seus
Cuidados
Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...