Quando menos você espera, algo acontece em sua vida, que pode transformar em poucos segundos, minutos ou horas toda a sua vida.
Isso , aconteceu comigo. Assim sem aviso prévio, sem que eu jamais tivesse um instante sequer, pensado nessa possibilidade.
Acordei normalmente, era um dia comum, apenas mais um dia de trabalho, cheio de muito trabalho, e assim o fora.
Ao retornar para casa naquele dia, encontrei minha família, como num dia comum, apenas uma coisa que eu disse, e que ficou gravado em minha mente, posso dizer que foi o marco que me fez pensar em minha vida, antes e depois daquele dia.
Entrei em casa, um tanto desanimada e bastante fatigada.
Minha mãe, muito atenta, perguntou-me? - Que tens?
Respondi, apenas estou me sentindo muito, muito cansada, acho que hoje trabalhei demais.
Ela me disse: - toma um banho e vem jantar, preparei uma sopa gostosa, do jeitinho que você gosta.
Assim fiz, e após o jantar, estirei-me em uma rede que ficava numa salinha próximo da porta do meu quarto, e ali mesmo adormeci.
Ao ver-me adormecida tão profundamente, minha mãe, decidiu não me acordar pra eu ir para o meu quarto.
Acordei, e me vi dormindo na rede, me sentindo um tanto incomodada, porque estava febril, olhei para o relógio na parede e eram três horas da madrugada.
Pensei, às cinco horas, todos acordam, então não vou chamar alguém, vou esperar que alguém levante e falarei que não estou me sentindo bem de saúde.
E assim fiz, meu irmão acordou primeiro e quando eu o vi, falei: - Não estou bem, estou febril. Minha mãe, também aproximou-se e disse: levanta e toma um banho a febre vai baixar.
Então, ao enviar os comandos para o meu cérebro, para levantar, descobrir que minhas pernas não obedeciam ao meu comando.
A partir desse momento, sem que meu corpo houvesse dado um alerta, a cada dia que passava , meu corpo não reagia, só piorava, minha coordenação motora, estava toda desordenada, ao tentar ficar em pé, meu corpo tremia, não havia equilíbrio, minha cabeça pendia, meus braços, minhas pernas, eu parecia uma boneca de pano, molinha.
Como se tivessem retirado de mim todos os meus ossos, e sentia muitas dores, dores incrivelmente horríveis, minha pele das pernas e braços formigavam, se o tecido mais macio tocasse minha pele, incomodava muito.
Só uma coisa me fazia permanecer firme, era meu pensamento, de não me entregar, de lutar, de buscar fosse onde fosse à reabilitação da minha saúde.
Esse dia foi o dia "D" da minha vida.
Tudo o que aconteceu depois desse dia, foi resultado desse dia "D".
Maria de Fatima Melo (Fadinha de Luz)