É bom que seja assim, Dionisio, que não venhas. Voz e vento apenas Das coisas do lá fora
E sozinha supor Que se estivesses dentro Essa voz importante e esse vento Das ramagens de fora Eu jamais ouviria. Atento
Meu ouvido escutaria O sumo do teu canto. Que não venhas, Dionísio. Porque é melhor sonhar tua rudeza E sorver reconquista a cada noite
Pensando: amanhã sim, virá. E o tempo de amanhã será riqueza: A cada noite, eu Ariana, preparando Aroma e corpo. E o verso a cada noite Se fazendo de tua sábia ausência.