Uma pobre criatura,
Que vive sem nada ter,
Para a fome não tem cura,
Por não ter para comer.
Para poder sobreviver,
Come os restos que lhe dão.
Mas para isso acontecer,
Tem que estender a mão.
Estende a mão a pedir.
Mas nunca lhe dão nada.
E o que continua a sentir,
É uma fome malvada.
Transformado em pedinte,
Que pede para não morrer.
Passam por ele mais de vinte,
Que nada lhe dão para comer.
O facto de não ser notado,
Faz com que ninguém o visse.
Simplesmente ignorado.
Como se não existisse.
zeninumi 24/10/2007
zeninumi.