És tu! Sempre vieste!
É este o momento que me estava destinado, então?
É verdade, não há engano…
Vais levar-me ao outro lado, vou, finalmente, saber…
Plenitude, sabedoria, um profundo estado de graça, esperam-me.
Talvez até a perfeita consumação do amor.
Irei saber tudo aquilo que tanto queria…
Desconheço-me. Tenho medo…
Quanto mais sei que te amo mais sei que não te quero amar…
Sinto que devo partir, a ave que há em mim
Arde em ânsias de voar até à luz
Aquela que não a há-de queimar…
Mas dilacera-me um dilema.
Entregar-me, finalmente,
poder amar-te, perdidamente,
Ter em mim a tua chama, por fim,
Não será, ainda, para mim.
Apesar de tanto amor, como eu te queria odiar… Não estou pronta!
Terás que me dar mais algum tempo.
Volta noutra altura, será melhor.
Lamento.
Não era assim que deveria acabar.
Sei que não é ainda o MEU momento.
Vai-te! Perdoa!
Adiemos o nosso encontro, uma última vez!
Vai. Escolhi ficar.
Incipit...