Dos meus amigos, o aprendizado, que me fica,
por sua generosidade e humildade,
que, em gestos altruístas, comportam
todo este meu ser, ávido de amor e de amizade.
Eis, senão, que eu sou apenas, o cúmplice reflexo,
daqueles que me rodeiam, e encarecem;
janela totalmente aberta, àquilo que hoje
eu sou, na modéstia, que me foi deveras ensinada.
Nos escombros, de minha vivência, onde um dia me
perdi, foram dos amigos e da mulher
que eu amo, as mãos, que se me estenderam,
narrando-me novos caminhos, que desde então percorri.
Não trouxe inimizade nem estigmas, da cidade escura.
O sofrimento ficou comigo, e não me
manietou, ao que sempre foi a minha personalidade;
esse amor, que me regia, mesmo na dor, que me sofria.
E quando o distinto sol, se embrenhou nas minhas retinas,
e o desassossego, trouxe-me ao descanso,
livre, pude enfim desbravar, toda a minha verdade:
doar-me, sem algozes, a quem meu amor, sempre apreendeu.
Jorge Humberto
10/11/11