Não!
Não me digas as juras que não quero ouvir
Não fales as palavras que me fazem colidir
Com momentos passados
Que passámos
Dos momentos culpados de amor, aprisionados, acorrentados…
De duas vidas que foram nossas.
Não quero amputar pedaços de ti
Fragmentos que tantas noites li
Pedaços, pequenos enlaços
Laços que te ligam a mim…
Sabes?
Não anseio modernos momentos,
Não permuto velhos tempos
Não possuo a ambição de mudar
Recordar…
Comemorar uma quadra, um lugar
Uma forma tão simples, mas, a minha maneira de estar…
Não quero,
Não intento com isto dizer
Que desisto, que não quero viver…
Viver sim, mas sem esquecer, a vida que vivi…
Ambiciono conhecer outros mundos… novos lugares
Assistir outros luares,
Amar-te nas cores do zénite crespulares
Fazer de futuros momentos,
Momentos eternos
E como necessitados e humildes pedintes
Não vamos rasgar as folhas do nosso caderno
Mas compor a folha seguinte
Luis Paulo