És aquela que por certo
Todos os homens querem deitar,
E estando longe ou perto,
Bem ou mal, se dispõem a falar!
És esta que nas ruas
Deixa as coxas de louça à mostra,
E nesta cidade corrupta e nua
Conheces toda a sua corja!
És aquela que nas camas
Vendes o corpo por necessidade,
Tendo na boca o gosto amargo de fel.
E poderias pôr na lama
Muita gente desta cidade,
Que julgam-te não merecer o céu!
feradapoesia