Sou o último poeta
De uma raça descrente,
O último de uma tribo dispersa
Na qual a solidão é presente!
Sou andarilho solitário
Na solidão dos caminhos.
Sou bárbaro, sou corsário,
Sou o medo e o espinho!
Nesses primeiros dias sou o remanescente
Dos restos jogados contra as vidraças,
Sou a solidão da semente.
A nódoa que n’água passa
E o que resta de minha gente
Está jogado nas praças
feradapoesia