Em primeiro ato\
Os deuses a denominaram-na de ouro.
Sem sofrimentos e inquietações
Na liberalidade e abundancia fértil
Sem dores do envelhecer,
Na finitude de um celebre sono suave.
Em segundo ato\
Os deuses a denominaram-na de prata
Doando-lhe uma centenária infantilidade
Seguida de uma breve imaturidade irracional
Por arrogância e desrespeito,
Tornou-se transitória e sujeita a morte.
Em terceiro ato\
Os deuses a denominaram-na de bronze.
E na própria insensibilidade, violentou-se de guerra
“Gigantes de intocável teimosia”
Por dura penitencia dos deuses,
Obrigou-a, conhecedora da morte.
Em quarto ato\
Os deuses a denominaram-na de heroína divindade
Como ultima tentativa de edificação
Semideuses que se autodestruíram
Em estúpidos embates de luta.
Embriagaram-se de morte.
Em quinto ato\
O poeta Hesíodo a denominou-a de ferro.
E a designou-a “criadora dos próprios males”
Gerada semelhança de homens, que sobrevive nos tempos de hoje
Na ilusão de idéias concretas, no individualismo e indiferença,
Fantasiam desconhecer o próprio termo...
Fim!
Lufague
Das palavras, as mais simples. Das simples, a menor.” Winston Churchill