Quando começa ou acaba?
Ao amanhecer do novo dia
Ou na véspera já tardia?
É porventura o instante
Ou o arrastar moroso da hora?
Uma continuidade galopante
Hoje ou simplesmente agora?
Para todos tão desigual
Como se define afinal?
Porque lhe rouba o sentido
A sombra de um passado
Que é apenas uma memória
A incerteza de um futuro
Ainda sem ter uma história?
Queria vivê-lo intensamente
Despojada do tudo e do nada
Com a lembrança afundada
Do que perturba minha mente.
Abraça-lo sem dele duvidar
Perdida na trama do tempo
Nele a felicidade conquistar.
Julieta Ferreira