Hoje acordei com um dia nublado, Londres e assim sempre abafado.
Cortinas arriada, dia cinzento, nuvens em movimentos,
o tempo sempre correndo e eu deitado.
Em companhia do meu parceiro, um velho travesseiro,
começei um diálogo, alias um monólogo.
Me perguntei quem era eu, que lugar era esse,
o que estaria eu fazendo aqui, sozinho em um lugar quadrado?
Me escondendo dos pesadelos, sempre busco o céu e as estrelas
para clareia meu caminho, alimentar meus sonho e fantasias.
As vezes desejo o arco-íris para colorir meus dias, e o sol, quase nunca presente,
para manchar de brilho a folha de papel tão amassada e sofrida, que chamamos de vida.
Hoje busquei meus sonhos em um lugar distante,
lembrei de duas estrelas de luz intensa porem diferente.
De um sorriso que como a lua, brilha com muita vontade e simplicidade,
mesmo em dia de chuva fina.
Lembrei de palavras escritas, cravadas na minha mente como o brilho em um diamante.
Hoje desenhei meu sonho de forma diferente, e por um momento tive
dentro do meu quadrado, luzes de todos os lados em todas as cores e intensidades.
O sol amarelo na forma de fios de cabelos estava estampado na parede pálida e sem vida.
Por alguns segundo meu tempo ficou eterno, esqueci o passado e inventei meu futuro.
Busquei nos tantos sonhos minha realidade.
Encontrava na fantasia, o beijo no teto, o abraco das cores e o carinho dos brilhos ali existente.
Ainda abracado ao meu travesseiro, indaguei por você?
Aonde estaria e o que estaria fazendo?
Talvez dormindo, quem sabe acordada?
Talvez sonhando, quem sabe pensando?
Estaria ainda brilhando, com seus braços abertos me esperando?
Sem resposta continuo deitado com meu travesseiro calado.