Poemas : 

Espera mais um bocadinho

 
Na curva do caminhou, estou
sem presença de faróis nem bater de asas.

Um trovão esclarece um final de terra batida

Sou criança nesta noite
um verso mal versejado
que espreita pela fechadura da noite
sem colo nem agasalho
sem bola para chutar

O vento venta-me forte
sobre meu rosto barbado
que esconde a mágoa do adeus
de quando foste

Coo o sal desta madrugada
enquanto a lua se reduz
a um ponto de sombra
que eu piso
tal uva
que negou o sabor doce
aos lábios quentes



 
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flavio silver
 
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