Será esta a única oportunidade
de nascer, viver, perecer?
Quando vejo o sol nascente
(se o sono não estica)
e quando miro o sol poente
(se alguma tarde é perfeita)
O que sinto?
que o pulsar da vida
como as estações, é cíclico,
metamorfose, como a borboleta
O que pressinto?
que a morte é só física
- entenda-se do corpo -
vestimenta terrena.
que a vida renasce em energia
- entenda-se a alma -
feito uma luz de distante estrela
de quasar, pulsátil, quântica
Aí, fico a contemplar o horizonte
bando de pássaros bem defronte
em um ballet antológico, magnífico
e observo que mundo perfeito
Como a natureza
e a criação formam a beleza
de um ato tão pouco compreendido
por nós, simples mortais, passageiros
O que será afinal, a vida
em uma expressão de transcendência?
Será a transição apenas um portal?
para uma nova fase de vida espiritual:
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em 1/11/2011.