Meus olhos, nos teus, são como
o desabrochar, de lindas flores,
que em silêncio se contemplam,
e irradiam terna luz, sem ter par.
Muito para além, de onde o olhar
sempre alcança, enceto uma viagem,
que te percorre, de ponta a ponta,
olhos nos olhos, cruzando destinos.
E como janelas abertas, te descubro,
numa pele de mulher, e sua graça;
femíneo corpo, que se dá à emoção
do instante, sem qualquer martírio.
Tal qual um rio, que vai de encontro
à sua foz, nas suaves águas, que o cingem,
de ornatos violetas e purpurinas,
que há paixão, traz o momento solene.
Jorge Humberto
31/10/11