Desfrutei da infidelidade carnal quando
apaixonada as mulheres eu deixava.
Enlaçados em corpos alheios,
tive loiras, morenas, todas elas.
Em corações eu entrava, deles eu saia,
corpos eu amava, todas eu queria.
Sem compromisso com um amor,
exercitava uma selvageria alheia.
Me aproveitava da indecência inocente
e abusava das mais experientes.
Entre as loucuras e soberba de quem me amava,
pouco eu dava muito eu pedia.
Causava um frenesi nos corações, minha proeza preferida,
só assim tinha o que queria.
Semeava sonhos, fantasias, amores e paixões,
mas os frutos colhidos se chamavam ilusões.
Em olhares era admirado, sobre as camas era amado,
em vários quartos poderia ser encontrado.
Entre paredes silenciosas deixava meu segredo,
corpos tragado pelo sexo delicioso de quem conhecia a arte de amar.
Entre elogios falados a façanha maior, um corpo de mulher fazer gozar.
Minhas migalhas deixadas,
lembranças e momentos, um fardo a ser carregado.
Na arte do amor, deixei o dessabor e o aprendizado
de que homem como eu não pode ser amado.
Hoje vivido e experiente, ainda tenho um corpo quente,
mas não tenho um amor presente.
Em solo fértil e farto eu passei, mas meu amor não encontrei.
Das dores e amarguras plantadas me restou a desilusão de
muitas mulheres ter, mas o verdadeiro amor não conhecer.
O pecado de um vagabundo
By lcdasilva