Um dia assim-assim,
outro mais ou menos
numa mediania medida
entre o tédio e a monotonia,
num esfregar da micose
que resvala para o cotovelo,
no paradoxo da bílis
que se substitui aos pulmões,
e abraça o pâncreas
destilando a molenga num baço cansado.
Um dia assim-assim,
outro mais ou menos
nessa modorra viral
que encerra o pensar,
bloqueia o ser e arriba o desanimo,
numa treta de pontos sem vírgulas,
só reticências e plumas no ar,
num desvio sentido,
sem tino e sem nexo.
É sempre sem mais nem menos
que o vejo a chegar,
esse dia assim-assim
num desatino de doer,
num doer de sentir,
esse sentir insensível
à dor
de ver o dia assim chegar.