Entre as saudades do meu Eu
Dos que, por mim passaram
Aqueles que, ainda irão passar
Sou eternamente grata a eles
Por terem sido meus amigos
Aos que não gostaram de mim
Agradeço da mesma forma
Devo os ter magoado um dia
Seja nesta ou em outra vida
Neste meu mural, posso recriar
As belezas do tempo, da vida
O mar infinito, de cor verde
Quem sabe azul ou transparente
A beleza do rio correndo feliz
Desbravando tudo lentamente
Pacientemente ao longo dos anos
As suas beiras cheias belos matos
O odor, a brisa, as borboletas
Os belos animaizinhos, correndo
Felizes com o que vida lhes deu
Não lamentam, não sequer choram
Nem botam os filhos ao abandono
Não fazem guerra, apenas sobrevivem
Fazendo a sua real parte e muito bem
E o tempo verdadeiro corre sempre feliz
Cheio de vivacidade e amor incondicional
E eu ali perdida no tempo, apenas tempo
Escrevo distraída no meu mural, imortal
As poesias deixadas ao acaso são minhas
É parte de meus pensamentos sentidos
E com eles os meus fragmentos de vida
Apenas bem vividos ao lado do meu Pai
Onde aprendi a unir com o Cosmo, o Divino
Mas basta! Poema está longo, cansei o meu Mural!
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