Ser ou Não Ser
...Não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar... Fragmento de “O meu olhar” (Alberto Caeiro)
As escolhas precisam das dúvidas.
É como se precisássemos colocar por sobre a mesa, todos os motivos, todos os fatos, todos os vividos... Rever momentos, falas, atitudes.
Enfim, perguntar-se se valeu e vale a pena mudar o rumo da vida.
Mas olha só meu amigo: _ Não pergunte tanto não! Pois o amor não é feito de tantas explicações.
Aliás, de bem poucas aceitas pela razão!
Interessante esse fiozinho, esse tênue divisor, que deve alinhar a escolha. Uma pergunta basta: _ Sou feliz ao lado dela?
Se for “quase” a resposta, tome tento meu amigo! Não vale a pena arriscar, pois quase é nada-nada, é noves fora no amor!
É como estar meio grávida, meio com fome, meio infeliz! Pois basta uma trisquinha, uma casquinha de dúvida, para o amor desandar.
Chega um dia em que o quase vai comendo sorrateiro o alicerce dessa sutil construção...
O amor é somatória. É conta de mais! O quase subtrai... Rouba sem piedade.
Rouba a paz, rouba a magia, e o pior de tudo: a entrega.
E sem entrega, meu caro, é engano por um tempo... Depois será menos, [se é que há menos que nada].
Menos carinho, menos falas, menos ouvir, partilhar.
O silêncio faz seus estragos, a desatenção toma corpo, e quando você não espera, é infeliz, mas não quase... É infeliz por inteiro!