Deitada, com a natureza por fundo,
sonhas acordada com lagos,
secundados pelas muitas montanhas,
de onde partem, fulgurosos,
lindos nascer de sóis. E mais sonhas,
vendo as flores abrindo-se,
para o sol da primeira manhã, que
te diz, emoção e eloquência.
E entre sedas e púrpuras vestimentas,
tens segredos, guardados
nos bolsos, que tu não desvendas,
senão por esse teu olhar,
indo de encontro, à solene paisagem.
Talvez seja amor, o que ora
recordas, em conformidade, com a
natureza, na fluidez das águas,
ou simplesmente, o desejo premente,
de partilhar, com o ser
amado, a beleza à qual tu te entregas,
aí deitada, entre silêncios.
Jorge Humberto
27/10/11