Há dias em que preciso de um abraço
Mas ninguém parece reparar
Preciso de um sorriso amigo
De um ombro onde me aninhar
Há dias que preciso de palavras doces
Esta fartura caricata de palavras antevistas
Num tempo impetuoso de contas previstas
Preciso muito mais que números cancerígenas
Estou farta, estou cansada de palavras ocres
Preciso de um colo, de um contar de historias
Que me façam rir de mim mesma
Tenho saudades de quando se ria
Com prazer sem medo a doer
O riso que não era preciso esconder
Como se rir fosse pecado de mente destravada
Está tudo tão opaco, tenho saudades
Das conversas à lareira, das tardes de soalheira
Dos meus tempos de criança
Tenho saudades de quando acreditava
Se um amigo se encontrava
Era p`ra sempre, no sempre das tardes
Alguém chegaria com um braçado de esperança.
Antónia Ruivo http://escritatrocada.blogspot.com/
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...